http://www.youtube.com/watch?v=Wh_77tjk70I&feature=colike
De Salto Alto(1991)
DE SALTO ALTO
de Pedro Almodóvar, Tacones Lejanos, 1991, Espanha/França
Pequenos pecados, grandes paixões
De Salto Alto é o nono longa-metragem de Pedro Almodóvar. Naquele momento, a reputação de Almodóvar era a de um comediógrafo
de mão cheia, trabalhando a extravagância das cores, a excentricidade
dos objetos de cena, misturando gêneros e criando um bordado
pós-moderno. Pois bem, se algumas dessas características ainda valem
para hoje, elas parecem não dar mais conta da complexidade crescente que
sua filmografia adquire na década de 90. Embora o grande momento de
virada se dê com A Flor do Meu Segredo, De Salto Alto já se deixa levar
para territórios até então pouco explorados em seu cinema: a narrativa
eletrizada se atenua um pouco, os momentos melodramáticos superam os
cômicos, os personagens parecem ganhar mais relevo, desenhados em seus
mínimos detalhes. Naturalmente, assistir a De Salto Alto hoje é muito
diferente de assistir ao filme à época em que foi feito: agora, já tendo
visto Fale com Ela, Tudo Sobre Minha Mãe, Carne Trêmula, temos a
tendência de notar as recorrências da difícil convivência pai/filho, o
poder do destino na vida dos personagens, e às vezes até estranhar um
pouco as irrupções cômicas (como no momento em que Victoria Abril ri
enquanto narra uma notícia de desastre). De qualquer forma, vendo o
filme com os olhos de hoje ou fazendo o esforço de recolocar o filme e a
imagem de Almodóvar ali onde ela estava em 1991, De Salto Alto dá
provas mais que suficientes da astúcia, da inteligência e da
criatividade visual e narrativa do seu cinema.
Num aeroporto,
uma jovem mulher, Rebeca, está sentada esperando e uma fusão faz surgir
um flashback, depois outro. Ambos são momentos fundadores da relação de
Rebeca com sua mãe, Becky del Páramo, cantora pop e estrela de cinema. É
ela, aliás, que Rebeca espera, depois de quinze anos sem vê-la. O
encontro das duas arremata o que os flashbacks já supunham: enquanto a
filha venera a mãe, a mãe no fundo pouco se importa com ela, preferindo a
companhia dos fotógrafos e jornalistas matar as saudades de sua filha. A
primeira meia hora do filme se desenrola como um melodrama, ou como um
drama psicológico na linhagem de Mankiewicz (a presença de uma “fiel
escudeira” de Becky e a personalidade bigger than life da estrela nos
remetem a A Malvada). Aos poucos, sobretudo a partir da aparição do Juiz
Domingues e de sua mãe, o filme ganha ares de comédia e, em seguida, de
intriga policial. À história da relação da mãe com a filha se adiciona
outra, a do assassinato de Manuel, e posteriormente a do amor que o juiz
nutre por Rebeca. A sobreposição de histórias, ao contrário dos filmes
mais recentes, não serve para dimensionar a história principal
(utilização clássica de trama e subtrama), mas justamente como efeito de
ligeira irreverência pós-moderna, criando um sentimento de imperfeição
lúdica muito freqüente até A Flor do Meu Segredo.
Assim, o
filme vai de um lado para outro, muitas vezes criando cenas que
funcionam bem melhor sozinhas do que como progressão narrativa. Uma
delas certamente está no panteão almodovariano: em sua primeira noite na
Espanha, Becky vai com a filha e seu marido ao show de um transformista
que faz um espetáculo interpretando a própria Becky del Páramo nos anos
60. Enquanto toca a dramaticíssima “Un año de amor”, Becky olha para o
artista e observa o que ela já foi (jovem, sexy) no corpo de alguém que
jamais vai conseguir tomar seu lugar inteiramente (afinal, é um homem). A
troca de imagens que se dá de Becky para Femme Letal e vice-versa se
completa com os olhares de Rebeca e de Manuel, que não estão
desconfortáveis só com essa situação, mas também com o fato de que
Manuel fora um dos grandes amores de Becky, e o casamento com Rebeca
havia sido mantido em segredo até a chegada da mãe. Sem uma palavra,
conseguimos flagrar toda uma série de relações entre os personagens e
muito do caráter deles simplesmente pelos gestos que fazem.
Em
De Salto Alto, como na maior parte de seus filmes, Almodóvar cria um
universo de drama queens, paixões fulminantes, personagens que precisam
desesperadamente de atenção, egoísmos, traições e lutas pelo poder. A
novidade é que essa disputa vai ser travada ao mesmo tempo em que o
senso de maternidade precisa ser reencontrado: Becky precisa se
reconciliar com seu país, com sua filha e até com a casa em que nasceu.
Ou seja, quer voltar à barriga da mãe. Rebeca, por sua vez, em breve vai
dar à luz, possivelmente prolongando o circuito de neuroses criado pela
relação com sua mãe. Mas, entre as duas, um segredo é selado, um
segredo que redime a mãe e dá nova chance à filha. Um segredo que, para
funcionar, precisa da imperícia do olhar do juiz, daquele que só vê o
que quer, porque ele também está fulminado pela paixão. Almodóvar
partilha conosco essa sua fascinação por personagens confusos,
imperfeitos, cheios de reações improváveis, e, curiosamente, cujas
inconstâncias e incoerências são muito parecidas com a experiência que
temos em nossas vivências cotidianas. Uma atenção profunda ao detalhe,
aos pequenos pecados que cometemos sem nem perceber, e às marcas
deixadas pelas grandes paixões. De Salto Alto não é o melhor filme de
Pedro Almodóvar. Mas certamente é um dos mais gostosos de assistir.
Sinopse
Rebeca é uma jovem mulher cuja mãe é estrela pop, que mais se interessa
pela mídia que pela família. Ela espera a mãe num aeroporto, após 15
anos sem vê-la, e alguns flashbacks aguçam a memória da jovem.
Escritor Paulo Vitor.M.Lisboa
"Visando o futuro de um grande homem, onde sei que posso me tornar diante de muitas dificuldades. Promovendo os raciocinios que acredito ser o inicio de uma nova história que venha me interpretar..."
Apresentação de boas vindas
Não se impressione ou se intimida aqui. Os erros ortograficos não reluz no verdadeiro sentido que deve se entender. Palavras são palavras se não entende-las, usando da maneira certa tudo se faz um sentido. Aprenda prestar atenção não nos erros das pessoas, mas sim nas qualidades...
Espero que apreciem o meu seriado. Bom é só uma escrita, mas acredito que Deus vai abençoar e se tornara um SERIADO de TV..obrigado e se divirtam neste BLOG...
Espero que apreciem o meu seriado. Bom é só uma escrita, mas acredito que Deus vai abençoar e se tornara um SERIADO de TV..obrigado e se divirtam neste BLOG...
sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Por que Quero ser Cineasta....
Como Cinéfilo posso opinar, elogiar e criticar as mais belas produções e as péssimas, mas agora sendo um estudante de Cinema e vivendo isto na pratica vejo o quanto é árduo e bem prazeroso esta numa produção.
muitos ficam a pensar o por que fazer faculdade de Cinema, por que não ser engenheiro, medico e etc.
o que mais vi e percebo é que muitos querem fazer e ter está profissão simplesmente para ganhar seus milhões como os grandes cineasta americanos. é uma ideá boa, mas o que compreendo é que pra chegar a este patama do milhão, existi dois caminhos, o cara é bom e rala pra caramba pra ter o seu reconhecimento ou o cara tem algum padrinho já encaminhado. ideia de ser cineasta no meu parecer não é os milhões que posso ter um dia, até mesmo que aqui no Brasil o cineasta passar apertos e muitos bons nem sequer consegue obter o reconhecimento merecido, a questão é, aqui um cineasta dificilmente consegue ter o reconhecimento mesmo sendo O CARA.
O por que ser Cineasta não é pra ser rico ou famoso. é um prazer em ver na tela aquilo que você fez com tanta prazer e determinar em uma arte que pode fazer ri, chorar e até assustar pessoas, cinema é o meio que podemos usar pra imaginar ou identificar que não somos ou não podemos fazer, algo que é impossível pra nos, mas também é um meio de que nos faz descobrir que não somos um ser qualquer e, que cada um de nos pode ser alguém e conquistar um objeto na vida. Filme é uma mentira santa e harmoniosa onde damos as pessoas aquilo que elas gostam e a mostramos uma realidade que não existi, mas elas acreditam que existi, por que todo o ser humano tem a necessidade de se basear em alguma coisa ou algo.
Um Cineasta de verdade se define em ter prazer de ver na tela aquilo que lhe motiva ser o prazer do da sua arte.
Estou a procura de investimos pra produzir um Longa do genro comedia romântica...
muitos ficam a pensar o por que fazer faculdade de Cinema, por que não ser engenheiro, medico e etc.
o que mais vi e percebo é que muitos querem fazer e ter está profissão simplesmente para ganhar seus milhões como os grandes cineasta americanos. é uma ideá boa, mas o que compreendo é que pra chegar a este patama do milhão, existi dois caminhos, o cara é bom e rala pra caramba pra ter o seu reconhecimento ou o cara tem algum padrinho já encaminhado. ideia de ser cineasta no meu parecer não é os milhões que posso ter um dia, até mesmo que aqui no Brasil o cineasta passar apertos e muitos bons nem sequer consegue obter o reconhecimento merecido, a questão é, aqui um cineasta dificilmente consegue ter o reconhecimento mesmo sendo O CARA.
O por que ser Cineasta não é pra ser rico ou famoso. é um prazer em ver na tela aquilo que você fez com tanta prazer e determinar em uma arte que pode fazer ri, chorar e até assustar pessoas, cinema é o meio que podemos usar pra imaginar ou identificar que não somos ou não podemos fazer, algo que é impossível pra nos, mas também é um meio de que nos faz descobrir que não somos um ser qualquer e, que cada um de nos pode ser alguém e conquistar um objeto na vida. Filme é uma mentira santa e harmoniosa onde damos as pessoas aquilo que elas gostam e a mostramos uma realidade que não existi, mas elas acreditam que existi, por que todo o ser humano tem a necessidade de se basear em alguma coisa ou algo.
Um Cineasta de verdade se define em ter prazer de ver na tela aquilo que lhe motiva ser o prazer do da sua arte.
Estou a procura de investimos pra produzir um Longa do genro comedia romântica...
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